quinta-feira, 22 de julho de 2010

Meu amigo chamado papai



Eu e meu filho temos uma relação muito especial. Infelizmente, neste momento eu não posso dar para ele todos os brinquedos que gostaria de dar, mas amor, carinho e atenção, isso ele tem bastante. E o maior barato é quando este carinho é retribuído de forma tão espontânea. Um dia destes estávamos brincando no parquinho e ele estava brincando de bola com uma menina, e a tia da menina começou a puxar papo com ele. Supercomunicativo como ele é, não precisa de muito para ele começar a conversar, começou a bater papo com a senhora. E dá-lhe conversa, a maioria das perguntas que se faz a uma criança, qual o nome, quantos anos tem, quando ela perguntou quem eu era (é difícil não dizer que eu sou pai dele) e ele prontamente respondeu: meu amigo chamado papai. Cara foi demais, lágrimas vieram aos meus olhos na hora, como agora enquanto escrevo, o maior barato é que ele com quatro anos me reconhece como seu amigo, antes mesmo de pai. E isso é especial demais, não só pelo que ele falou, mas pelo que aconteceu quando a Pat estava grávida, e que até hoje só eu e ela sabíamos.
A gravidez dele aconteceu em um momento bem complicado para gente, estávamos morando com a minha sogra, e eu estava em licença médica devido ao hipertireodismo, com isso o dinheiro ficou muito curto, meu organismo acerelado devido a doença, estresse ao máximo pela situação. Foi quando eu tive um sonho, sonhei com ele (eu sabia que era ele) e ele me dizia que era meu amigo e tudo ficaria bem. Então imagina a minha emoção, quando ele falou isso para uma estranha, alguém que tinha conhecido na hora. Sim, nós somos grandes amigos! Com ele eu sou um jedi ou sith (brincando de "Istar Uóssi"), lutamos contra múmias do Egito, somos piratas, jogadores de futebol, heróis e vilões. O Dia dos Pais está chegando, mas o maior presente eu já ganhei. Filho, eu te amo, embora ainda vai demorar um pouco para você ler o que o seu amigo chamado papai escreveu!

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