domingo, 30 de janeiro de 2011

A paixão nacional

Todo ano, em janeiro, começa o Campeonato Brasileiro, em sua 11ª edição. A diferença é que ao invés de times de futebol, são participantes escolhidos por critérios que o grande público não conhece (teoricamente são fitas com os seus perfis). O juiz da partida, Boninho, e o narrador, Bial, nós apresentam os times que iremos torcer. E lá vai a torcida escolher qual participante será o seu time de coração. E neste momento, surgem os diversos tipos de torcedores: aqueles fanáticos que vão a todas as partidas (leia-se participam de votações, mobilizações pela internet, lêem tudo o que é publicado sobre o assunto e acompanham 24h a programação), tem aqueles que assistem de vez em quando, quando o jogo é transmitido pela TV, mas não vão aos estádios (aqueles que acompanham os momentos chaves como prova do líder, eliminação e formação de paredão) e os últimos que só acompanham quando o time está no fim do campeonato, a final do programa.
E como torcedores que acompanham seus times, discutem as suas participações, as jogadas, os gols contra e a favor. E com tristeza e alegria vêem seu time perder ou ganhar. E da mesma forma elogiam e detratam com igual fervor, destacando os seus melhores e piores momentos.
E a paixão gera disputas entre as torcidas, xingamentos e agressões. Porém, diferente das torcidas organizadas de futebol, a violência fica no campo intelectual e não no físico, os comentários nos blogs especializados, nas comunidades do orkut e no twitter.
Mas indubitavelmente, o campeonato chega ao fim, com um único vencedor, e alguns torcedores ainda os acompanham por um tempo, ou pelo resto de sua vida, sei lá, mas a maioria dos times caem no ostracismo, apenas alguns conseguem ir para a Libertadores ou ao Campeonato Mundial. E estes ficam na memória da torcida como os grandes campeões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário