Hoje eu iria escrever sobre um texto diferente, comparando o RPG com uma partida de futebol. Eu iria jogar RPG em um dia marcado pelos jogos de futebol, principalmente na nossa sociedade. Mas não vou.
O texto é sobre escolhas, o bendito ou maldito livre-arbítrio, a nossa capacidade de escolher entre o certo e o errado. Eu invejo, se realmente exista, alguém que tenha escolhas simples para fazer no dia-a-dia.
Todas as minhas escolhas parecem ser de vida e morte, como se o destino meu e de minha família estivessem sempre em jogo e eles estão. E há tempos, pareço estar sempre fazendo as escolhas erradas.
E o pior é que você sabe exatamente onde errou, não acontece com frequência com as escolhas certas, entretanto a errada, esta sim, você sempre se lembra.
Eu comecei este blog como uma forma de desabafo, falando para todos e ao mesmo tempo com ninguém, simplesmente minha terapia particular. Você talvez perguntaria, se ele não tem família ou amigos. Sim tenho, mas a única verdade é que todos acham que a sua merda fede mais do que a dos outros, em outras palavras, mais amenas, o seu problema é mais importante do que o do próximo. Prefiro ser escatológico e utilizar o termo merda mesmo.
Você já reparou que ao tentar falar de um problema, o ouvinte em sequência fala um seu. É como se fosse uma competição de misérias, a minha merda fede mais que a sua, não a minha fede mais! Então você tem duas opções ou continuar nesta de disputa de merda ou calar a boca e ouvir. E na maioria das vezes você faz a segunda, ou pelo menos comigo é sempre assim.
É isso que é legal ao escrever um blog, você fala e quem quiser escutar, escuta. Quem não quiser, sem problema há milhões de escolhas a serem feitas na vida e na net.
domingo, 16 de maio de 2010
Escolhas
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Queria ter escrito isso... É exatamente assim que me sinto atualmente... Te amo!
ResponderExcluirE com todas as palavras, inclusive, sobre a merda complemento o que Patrícia disse, usando suas palavras: competições de merdas. De merda porque não presta e de merdas porque cada um que jogue a sua...
ResponderExcluirPutz... Perfeito. Esse negócio de escrever bem é mal de família é??
ResponderExcluirEntão escreva, meu caro. Escreva, que a gente vem aqui, lê e prometo que não conto nenhum problema meu!
ResponderExcluir;)
É verdade. O problema do outro é sempre maior do que o nosso...
ResponderExcluirO engraçado é que mesmo sabendo disso ainda compartilhamos nosso problema.
Pior do que a "competição dos problemas" é o tapinha nas costas acompanhada da frase: "tudo vai melhorar.." Isso realmente é o fim do mundo.
Obs.: Você e sua esposa escrevem muito bem. Agradeço por compartilharem um pouco da vida de vocês conosco.
Marcelo,
ResponderExcluirSabe que é muito bom quando a gente encontra, de repente, uma pessoa que nunca te viu e lhe diz, virtualmente: "conta essa história pra mim." E, surpreendente, a pessoa ouve (lê, claro), retorna com palavras simples, mas saídas de sabedoria de nao sei onde, que transmitem a vc uma verdade tão imensa de empatia (ela parece que tomou seu)e clareiam seu caminho. Aconteceu recentemente comigo. Minha letargia sumiu.
Torço pra você e Patrícia toparem com uma pessoa assim. Escolha a alegria, não é fácil, mas, com certeza, é possível.
Abraço
Marcelo
ResponderExcluirChego aqui e sem te conhecer leio um texto que lava a minha alma.
Fui visitar a Patrícia e lendo seu post ela citou o seu link me trazendo até aqui para ler essa verdade nua e crua.
Tem momentos que me calo cansada de tanto competir, mas não faz parte da minha natureza fechar a boca.
O que posso dizer que entre momentos bons e ruins, erros e acertos sempre tiramos um aprendizado. O que não podemos deixar de ter é fé e esperança de que vai melhorar.
"Bom não está, mas pior não vai ficar."
Abraços