domingo, 16 de maio de 2010

Escolhas

Hoje eu iria escrever sobre um texto diferente, comparando o RPG com uma partida de futebol. Eu iria jogar RPG em um dia marcado pelos jogos de futebol, principalmente na nossa sociedade. Mas não vou.

O texto é sobre escolhas, o bendito ou maldito livre-arbítrio, a nossa capacidade de escolher entre o certo e o errado. Eu invejo, se realmente exista, alguém que tenha escolhas simples para fazer no dia-a-dia.

Todas as minhas escolhas parecem ser de vida e morte, como se o destino meu e de minha família estivessem sempre em jogo e eles estão. E há tempos, pareço estar sempre fazendo as escolhas erradas.

E o pior é que você sabe exatamente onde errou, não acontece com frequência com as escolhas certas, entretanto a errada, esta sim, você sempre se lembra.

Eu comecei este blog como uma forma de desabafo, falando para todos e ao mesmo tempo com ninguém, simplesmente minha terapia particular. Você talvez perguntaria, se ele não tem família ou amigos. Sim tenho, mas a única verdade é que todos acham que a sua merda fede mais do que a dos outros, em outras palavras, mais amenas, o seu problema é mais importante do que o do próximo. Prefiro ser escatológico e utilizar o termo merda mesmo.

Você já reparou que ao tentar falar de um problema, o ouvinte em sequência fala um seu. É como se fosse uma competição de misérias, a minha merda fede mais que a sua, não a minha fede mais! Então você tem duas opções ou continuar nesta de disputa de merda ou calar a boca e ouvir. E na maioria das vezes você faz a segunda, ou pelo menos comigo é sempre assim.

É isso que é legal ao escrever um blog, você fala e quem quiser escutar, escuta. Quem não quiser, sem problema há milhões de escolhas a serem feitas na vida e na net.

7 comentários:

  1. Queria ter escrito isso... É exatamente assim que me sinto atualmente... Te amo!

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  2. E com todas as palavras, inclusive, sobre a merda complemento o que Patrícia disse, usando suas palavras: competições de merdas. De merda porque não presta e de merdas porque cada um que jogue a sua...

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  3. Putz... Perfeito. Esse negócio de escrever bem é mal de família é??

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  4. Então escreva, meu caro. Escreva, que a gente vem aqui, lê e prometo que não conto nenhum problema meu!
    ;)

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  5. É verdade. O problema do outro é sempre maior do que o nosso...
    O engraçado é que mesmo sabendo disso ainda compartilhamos nosso problema.

    Pior do que a "competição dos problemas" é o tapinha nas costas acompanhada da frase: "tudo vai melhorar.." Isso realmente é o fim do mundo.

    Obs.: Você e sua esposa escrevem muito bem. Agradeço por compartilharem um pouco da vida de vocês conosco.

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  6. Marcelo,

    Sabe que é muito bom quando a gente encontra, de repente, uma pessoa que nunca te viu e lhe diz, virtualmente: "conta essa história pra mim." E, surpreendente, a pessoa ouve (lê, claro), retorna com palavras simples, mas saídas de sabedoria de nao sei onde, que transmitem a vc uma verdade tão imensa de empatia (ela parece que tomou seu)e clareiam seu caminho. Aconteceu recentemente comigo. Minha letargia sumiu.
    Torço pra você e Patrícia toparem com uma pessoa assim. Escolha a alegria, não é fácil, mas, com certeza, é possível.
    Abraço

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  7. Marcelo

    Chego aqui e sem te conhecer leio um texto que lava a minha alma.
    Fui visitar a Patrícia e lendo seu post ela citou o seu link me trazendo até aqui para ler essa verdade nua e crua.

    Tem momentos que me calo cansada de tanto competir, mas não faz parte da minha natureza fechar a boca.

    O que posso dizer que entre momentos bons e ruins, erros e acertos sempre tiramos um aprendizado. O que não podemos deixar de ter é fé e esperança de que vai melhorar.

    "Bom não está, mas pior não vai ficar."

    Abraços

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